Quando pinto o céu
Antes mesmo de tocar no pincel
Os anises se abraçam em minha mente...
Mesmo que um tanto de lilás me negue um sorriso
Calmamente o recuo às bordas de meu cais
Cais deste mar branco e faminto de nuvens
Retângulo de um infinito de possibilidades
Acalmo... Penso no ar...
Respiro e o permito invadir meus pulmões...
Pois só assim pintaria nuvens reais de sentimentos
E um rodopiar freneticamente calmo toma minhas mãos...
Bailo em meu céu de branco e sombra...
Onde nas bordas das nuvens os azuis se escondem de mim...
Tateio a alma do céu enfim...
E de repente me assusto!
Com uma gaivota que surge sozinha brincando em meus pincéis
Mergulha na tela e some lentamente...
Na curva da montanha que na distância, me acena...
Márcia Poesia de Sá -17.05.2010 – 23:27hs
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