Adeus minha querida...
Tenho algo a dizer e este algo me embola a garganta, me aperta até quase sufocar. Tenho lírios brancos que balançam minha saudade tão impalpável, tão distante e ao mesmo tempo tão ternamente presente. Sinto falta de meu silencio em meio aos teus risos, e de toda uma gama de cores que já não mais preciso. Sou anormal, etérea, vaga como o ar de um suspiro...
Longa, rouca, morna como água de mar, profundeza que me afoga, e esta dor lancinante que já nem percebo onde dói. Talvez eu seja mesmo apaixonada pela tristeza. E estas incertezas fazem de mim naufraga, neste mar azul que me inunda sempre...
Sou talvez uma ilha transparente, inerte, dolente a navegar sem eixos pelo mar bravio...
Algumas vezes sinto os vulcões... E em outras noites sinto frio. Minha alma não tem norte, meu coração secou em antigas terras... Perfurado por punhais, e longos fios de aço que o amarraram as folhas de ébano... Jamais foi consumido! Apenas esquecido em alguma colina gélida...
Hoje, ele só lembra-se do eco do vento... E chora sem parar, embora suas lágrimas pareçam sorrisos as vezes...
Teria mesmo que subir novamente aquela colina, olhar nos olhos do guerreiro, e quem sabe ai, eu conseguisse compreender finalmente, o que eu o havia feito...e porque...minha alma jamais sossega em paz.
Assim, caminho por pedras internas e externas, tentando desesperadamente esquecer-me.
Márcia Poesia de Sá
Longa, rouca, morna como água de mar, profundeza que me afoga, e esta dor lancinante que já nem percebo onde dói. Talvez eu seja mesmo apaixonada pela tristeza. E estas incertezas fazem de mim naufraga, neste mar azul que me inunda sempre...
Sou talvez uma ilha transparente, inerte, dolente a navegar sem eixos pelo mar bravio...
Algumas vezes sinto os vulcões... E em outras noites sinto frio. Minha alma não tem norte, meu coração secou em antigas terras... Perfurado por punhais, e longos fios de aço que o amarraram as folhas de ébano... Jamais foi consumido! Apenas esquecido em alguma colina gélida...
Hoje, ele só lembra-se do eco do vento... E chora sem parar, embora suas lágrimas pareçam sorrisos as vezes...
Teria mesmo que subir novamente aquela colina, olhar nos olhos do guerreiro, e quem sabe ai, eu conseguisse compreender finalmente, o que eu o havia feito...e porque...minha alma jamais sossega em paz.
Assim, caminho por pedras internas e externas, tentando desesperadamente esquecer-me.
Márcia Poesia de Sá
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