Meus medos
Houve um tempo em que acreditei não tê-los...
Faziam parte de um antigo capitulo
De algum velho livro...
Esquecido pelos anos...
Mas as ratoeiras jamais se desarmam sozinhas
E hoje compreendo meu ledo engano
Temo o maior de todos os medos!
Temo perder-me de mim
Temo o fim da lógica
Perco o chão ao imaginar-me insana
Temo a loucura!
Não como loucura assim, dita
Simplesmente e profana,
Temo a loucura escondida
Temo simplesmente perder minhas cores e linhas
Apagar-me literalmente
Tenho medo do silêncio da minha mente
Que apavorada irá debater-se
Choro só de pensar em ouvir outras vozes que não as minhas
A contar-me contos, histórias ou poesias.
Temo o apagão de minhas verdades frias
Temo a morte do sonho
A realidade crua a apodrecer minhas asas...
Meu fim, assim...
Como um simples caderno novo.
Um nada...
Um qualquer coisa de mim
Onde certamente jamais me reconhecerão.
Temo o vazio com som de corvos,
Não a solidão.
Márcia Poesia de Sá
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