sexta-feira, 13 de maio de 2011

Como mina



Estou aberta as tuas buscas

E tu me exploras as entranhas

Na incansável tarefa de me encontrar

Temo ser apenas mina morta

E a única esmeralda encontrada

Seja o brilho do teu olhar

Cansada adormeço ao relento e desejo...

Que teu sono seja tão profundo quanto teu silêncio

E meus brados calados na garganta

Fazem-me chorar

Teu perfume invade meus vazios

Tuas mãos macias a desfilarem em minhas rochas

Derretem-nas

Sou apenas uma cratera

Uma imensa caverna

Só a te esperar...

Mas se um dia

Uma jóia encontrares

Leve-a contigo

Para a eternidade

Do nosso impossível

Infinito.

Márcia Poesia de Sá – 13.05.2011



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