Como mina
Estou aberta as tuas buscas
E tu me exploras as entranhas
Na incansável tarefa de me encontrar
Temo ser apenas mina morta
E a única esmeralda encontrada
Seja o brilho do teu olhar
Cansada adormeço ao relento e desejo...
Que teu sono seja tão profundo quanto teu silêncio
E meus brados calados na garganta
Fazem-me chorar
Teu perfume invade meus vazios
Tuas mãos macias a desfilarem em minhas rochas
Derretem-nas
Sou apenas uma cratera
Uma imensa caverna
Só a te esperar...
Mas se um dia
Uma jóia encontrares
Leve-a contigo
Para a eternidade
Do nosso impossível
Infinito.
Márcia Poesia de Sá – 13.05.2011
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