Paisagens
E as muralhas despencam
sempre que o vento adoça...
sempre que a canção entoa
sempre que voa o pensamento.
E as muralhas diluem-se
sempre que chove sentimento
sempre que esvaem-se os lamentos
sempre que o riso eclode
E as muralhas evaporam
sempre que os olhos marejam
sempre que a emoção aflora
sempre que não vais embora
E as muralhas inexistem
sempre que os olhos se tocam
sempre que as mãos umedecem
sempre! quando me beijas.
Márcia Poesia de Sá
sábado, 10 de maio de 2014
Nó-turno
De noite, amado, amarro o coração num raio
que escapulindo por dentro das nuvens como espasmo
libera-me sonolenta na luz da lua,
E esta, que derrama-se
além, muito além da linha que eu julgava minha
lá no equador...
Apenas flutua-me.
De noite, amado, eu colho as margaridas soltas
nos campos que na noite dormem, e colo-as
na clareza incauta, de todos os amanheceres
Camuflo a noite em dia eterno, e dedilho arpas
que nem sei tocar! assovio melodias silentes
e suspiros ausentes só para te acordar!
Então a concha toma corpo,
me abraça como se eu fora pérola!
e num mar que em mim se exaspera
afundo em borbulhas de ar...
De noite amado meu, creia!
meu corpo desvencilha-se das veias
meu sangue corre em outra entonação
E se chover na lua, eu faço teias...
desenho tudo em volta qual poema
e só então, enfim, eu adormeço
estremecendo os veios da razão
Márcia Poesia de Sá.
De noite, amado, amarro o coração num raio
que escapulindo por dentro das nuvens como espasmo
libera-me sonolenta na luz da lua,
E esta, que derrama-se
além, muito além da linha que eu julgava minha
lá no equador...
Apenas flutua-me.
De noite, amado, eu colho as margaridas soltas
nos campos que na noite dormem, e colo-as
na clareza incauta, de todos os amanheceres
Camuflo a noite em dia eterno, e dedilho arpas
que nem sei tocar! assovio melodias silentes
e suspiros ausentes só para te acordar!
Então a concha toma corpo,
me abraça como se eu fora pérola!
e num mar que em mim se exaspera
afundo em borbulhas de ar...
De noite amado meu, creia!
meu corpo desvencilha-se das veias
meu sangue corre em outra entonação
E se chover na lua, eu faço teias...
desenho tudo em volta qual poema
e só então, enfim, eu adormeço
estremecendo os veios da razão
Márcia Poesia de Sá.
Ritual
Era uma noite fria, e do céu ouvia-se sons que se perdiam nas nuvens em ecos e sussurros. A lua redonda e gigante clareava de prata os caminhos úmidos das chuvas que vinham lentamente caindo pelos corpos e areias. Ela delimitava como sombra e luz as curvas tantas das montanhas e evidenciava o brilho do lago que agora engolia a cachoeira quase sem fazer som algum, só um borbulhar inequívoco de algo que ia ser parte dele dali por diante. Os uivos que viam eram de lobos fugitivos e ecoavam pelos troncos sombrios.
Um sussurrar extasiante adentrava as matas, e os tímpanos da natureza perdiam-se em tontas sensações. Arranhando o vento, os galhos percorriam os momentos num balanço gracioso que aquecia o ar. Era noite e a floresta fazia amor consigo mesma, num eclodir de êxtases, tão visíveis quanto as estrelas que piscavam sem parar...
Um filete transparente cortava a mata vindo doutras matas, em busca do lago que por ora engravidava de águas, e crescia em volume quase como um mar, nos galhos úmidos de suor e chuva, pássaros aturdidos observavam a candura do ato de se deixar levar, e na calmaria do céu, uma lua escandalizada tinge-se de vermelho e escapa num cometa para nunca mais voltar. É a noite do ritual, os sons agora aceleram-se, os pássaros revoam, o lago vaza suas águas e a floresta exala seus aromas, e dorme em paz. Desaguando em loucuras as insanas fantasias que agora brotam em sementes e botões de lírios azuis.
Márcia Poesia de Sá.
Era uma noite fria, e do céu ouvia-se sons que se perdiam nas nuvens em ecos e sussurros. A lua redonda e gigante clareava de prata os caminhos úmidos das chuvas que vinham lentamente caindo pelos corpos e areias. Ela delimitava como sombra e luz as curvas tantas das montanhas e evidenciava o brilho do lago que agora engolia a cachoeira quase sem fazer som algum, só um borbulhar inequívoco de algo que ia ser parte dele dali por diante. Os uivos que viam eram de lobos fugitivos e ecoavam pelos troncos sombrios.
Um sussurrar extasiante adentrava as matas, e os tímpanos da natureza perdiam-se em tontas sensações. Arranhando o vento, os galhos percorriam os momentos num balanço gracioso que aquecia o ar. Era noite e a floresta fazia amor consigo mesma, num eclodir de êxtases, tão visíveis quanto as estrelas que piscavam sem parar...
Um filete transparente cortava a mata vindo doutras matas, em busca do lago que por ora engravidava de águas, e crescia em volume quase como um mar, nos galhos úmidos de suor e chuva, pássaros aturdidos observavam a candura do ato de se deixar levar, e na calmaria do céu, uma lua escandalizada tinge-se de vermelho e escapa num cometa para nunca mais voltar. É a noite do ritual, os sons agora aceleram-se, os pássaros revoam, o lago vaza suas águas e a floresta exala seus aromas, e dorme em paz. Desaguando em loucuras as insanas fantasias que agora brotam em sementes e botões de lírios azuis.
Márcia Poesia de Sá.
A dança
E lá vem o vento do outono comendo o caminho das curvas, dilacerando pergaminhos úmidos, e espalhando o amarelar de folhas pelas planícies desavisadas. E sai por entre galhos de figueiras e amoras aniquilando mansamente os raios que ainda do céu atrevem-se a aquecer os frutos. O outono sabe ser a mais cruel das estações, já que o egoísmo do amarelar, apenas aceita os marrons. De sua paleta nenhum tom escorre que não seja mesclado de secura e queda. Vasta solidão...E é feita de uma canção de violinos a sua dança hipnotizante!
E é na placidez de cacos de um velho espelho largados em um jardim qualquer, que o outono canta e dança suas mudas curvas como se fora uma serpente do encantamento. Abastecendo-se de veneno para a próxima picada no vento. Depois sopra as folhas que despencam e parte para deixar o palco livre, ele sabe que o inclemente inverno já sobe suas escadarias e está com fome.
Márcia Poesia de Sá - 2014.
E lá vem o vento do outono comendo o caminho das curvas, dilacerando pergaminhos úmidos, e espalhando o amarelar de folhas pelas planícies desavisadas. E sai por entre galhos de figueiras e amoras aniquilando mansamente os raios que ainda do céu atrevem-se a aquecer os frutos. O outono sabe ser a mais cruel das estações, já que o egoísmo do amarelar, apenas aceita os marrons. De sua paleta nenhum tom escorre que não seja mesclado de secura e queda. Vasta solidão...E é feita de uma canção de violinos a sua dança hipnotizante!
E é na placidez de cacos de um velho espelho largados em um jardim qualquer, que o outono canta e dança suas mudas curvas como se fora uma serpente do encantamento. Abastecendo-se de veneno para a próxima picada no vento. Depois sopra as folhas que despencam e parte para deixar o palco livre, ele sabe que o inclemente inverno já sobe suas escadarias e está com fome.
Márcia Poesia de Sá - 2014.
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Ah...eu queria tanto
mas eu queria demais,
eu queria como jamais alguém quis
eu queria desta forma minha
alucinada, feroz
faminta e doce
felina e algoz...
ah...eu queria
eu queria daquele jeito
assim arrebatador
eu queria tanto...
é, eu queria
queria como jamais fui
capaz de querer...
queria mais que qualquer coisa
queria a qualquer hora
queria que me acordasse!
queria que me pusesse
para dormir!
ah...eu queria!
e como queria...
queria ser o ser mais doce
a mais terna aberração
queria que me possuísse
e me roubasse a razão!
queria ser a poesia
e você o poema sem razão
...enfim tudo eu queria
até a inexatidão!
juro meu amor
que tudo que eu queria
era...
você,
e um
pouco menos
de
não.
Márcia Poesia de Sá.
mas eu queria demais,
eu queria como jamais alguém quis
eu queria desta forma minha
alucinada, feroz
faminta e doce
felina e algoz...
ah...eu queria
eu queria daquele jeito
assim arrebatador
eu queria tanto...
é, eu queria
queria como jamais fui
capaz de querer...
queria mais que qualquer coisa
queria a qualquer hora
queria que me acordasse!
queria que me pusesse
para dormir!
ah...eu queria!
e como queria...
queria ser o ser mais doce
a mais terna aberração
queria que me possuísse
e me roubasse a razão!
queria ser a poesia
e você o poema sem razão
...enfim tudo eu queria
até a inexatidão!
juro meu amor
que tudo que eu queria
era...
você,
e um
pouco menos
de
não.
Márcia Poesia de Sá.
Poeta quando apaixona
Quando poeta apaixona
ressonam as letras nos campos
o sol se veste de espanto
da luz que o poeta faz brilhar
Poeta quando apaixona
derrete as estalactites
dissolve todas as agruras
repinta um novo céu e mar
faz o choro gargalhar!
Poeta quando apaixona
é doce, é mágico faz a vida mais risonha
sorri do nada e do tudo
poeta apaixonado é um absurdo!
Poeta quando apaixona
recolhe as folhas do outono
e as cola novamente em árvores
faz do seco o úmido e vê miragens
demonstra que o amor é mesmo assim
Poeta apaixonado é igual a um botão de jasmim
exala livremente seu odor
assim todo feito para o amor
E sorri o mais lindo dos risos
riso esse que ilumina os caminhos
como farol em mar sem lua
como uma gota de orvalho, que se dissipa
apenas para dizer...
que é somente tua!
E se este amor é real
o amado de um poeta
se transforma rapidamente
em um poema vital.
Márcia Poesia de Sá. - hoje.
Quando poeta apaixona
ressonam as letras nos campos
o sol se veste de espanto
da luz que o poeta faz brilhar
Poeta quando apaixona
derrete as estalactites
dissolve todas as agruras
repinta um novo céu e mar
faz o choro gargalhar!
Poeta quando apaixona
é doce, é mágico faz a vida mais risonha
sorri do nada e do tudo
poeta apaixonado é um absurdo!
Poeta quando apaixona
recolhe as folhas do outono
e as cola novamente em árvores
faz do seco o úmido e vê miragens
demonstra que o amor é mesmo assim
Poeta apaixonado é igual a um botão de jasmim
exala livremente seu odor
assim todo feito para o amor
E sorri o mais lindo dos risos
riso esse que ilumina os caminhos
como farol em mar sem lua
como uma gota de orvalho, que se dissipa
apenas para dizer...
que é somente tua!
E se este amor é real
o amado de um poeta
se transforma rapidamente
em um poema vital.
Márcia Poesia de Sá. - hoje.
Palavra que hoje eu queria mesmo estar mais inspirada!
_ será que existe mesmo esta tal inspiração tão falada ou seria apenas o hábito comendo os relógios da essência de cada um?
Nunca vi um não poeta acordar engasgado de palavras e nem um não pintor amanhecer sentindo gosto de tinta na retina...é, meu exemplo foi simplório, perdoem-me, mas falamos sempre do que conhecemos e sentimos abaixo da pele, e mesmo que inflados de conhecimentos, leituras e estudos sobre diversos assuntos ainda assim todos eles quando nos penetram a mente, lambuzam-se de nós, e nós deles, fazendo assim algo um tanto quanto simbiótico não é não? E por isto, meus exemplos.
Então, chego a conclusão de que inspiração parece com meditação, pensem comigo...Quando medito esvazio, então fica bem claro o que me sai pelas janelas d'alma...o que volta? bem, isso é uma outra história, um dia eu conto. Mas hoje me sinto plena de ar, tão vazia que me sinto cheia! é gostosa esta sensação de ser poeira evaporada...de ser um completo mar em calmaria absoluta. E só uma certeza me toma, a paz adoça a alma...
Namastê.
Márcia Poesia de Sá.
_ será que existe mesmo esta tal inspiração tão falada ou seria apenas o hábito comendo os relógios da essência de cada um?
Nunca vi um não poeta acordar engasgado de palavras e nem um não pintor amanhecer sentindo gosto de tinta na retina...é, meu exemplo foi simplório, perdoem-me, mas falamos sempre do que conhecemos e sentimos abaixo da pele, e mesmo que inflados de conhecimentos, leituras e estudos sobre diversos assuntos ainda assim todos eles quando nos penetram a mente, lambuzam-se de nós, e nós deles, fazendo assim algo um tanto quanto simbiótico não é não? E por isto, meus exemplos.
Então, chego a conclusão de que inspiração parece com meditação, pensem comigo...Quando medito esvazio, então fica bem claro o que me sai pelas janelas d'alma...o que volta? bem, isso é uma outra história, um dia eu conto. Mas hoje me sinto plena de ar, tão vazia que me sinto cheia! é gostosa esta sensação de ser poeira evaporada...de ser um completo mar em calmaria absoluta. E só uma certeza me toma, a paz adoça a alma...
Namastê.
Márcia Poesia de Sá.
Pegadas
E essas pegadas marcadas na areia,
vindas de longe, de tantos cais...
E aqueles navios que piscando suas luzes,
passam tão longe enquanto acenam um nunca mais.
Sigo pegadas imaginarias, cuja ventania jamais desfaz
E noite e dia, e dia e noite, quando a lua segue sua sina
sigo pegadas, imaginarias...
ora piso as tuas
ora sigo as minhas...
E a noite labareda
queima a vela recoberta
em um lual atemporal...
enquanto os sons se camuflam em notas
e entre os passos, de um revoar
Abraços mansos acordam o dia
e nossos beijos adormecem o luar
E essas pegadas, que foram nossas
serão enfim abençoadas
pela língua macia e morna
das águas claras, de um fundo mar...
Márcia Poesia de Sá.
E essas pegadas marcadas na areia,
vindas de longe, de tantos cais...
E aqueles navios que piscando suas luzes,
passam tão longe enquanto acenam um nunca mais.
Sigo pegadas imaginarias, cuja ventania jamais desfaz
E noite e dia, e dia e noite, quando a lua segue sua sina
sigo pegadas, imaginarias...
ora piso as tuas
ora sigo as minhas...
E a noite labareda
queima a vela recoberta
em um lual atemporal...
enquanto os sons se camuflam em notas
e entre os passos, de um revoar
Abraços mansos acordam o dia
e nossos beijos adormecem o luar
E essas pegadas, que foram nossas
serão enfim abençoadas
pela língua macia e morna
das águas claras, de um fundo mar...
Márcia Poesia de Sá.
É...tem dias assim, que a poesia não vem
o poeta se angustia, vasculha as palavras soltas no ar
e as que guardamos em gavetas, passamos um paninho nas palavras esquecidas....revistamos os arquivos, cavamos tesouros, imploramos ao mar...
Mas não tem jeito não, a poesia não vem, ela é filha única e é mimada, só faz o que quer. Mas estudou em bons colégios, é educada e ao ver a nossa busca assim tão ansiosa nos manda mensagens, telegramas se desculpa sempre.
É, tem dias que a poesia não vem!
Mas sempre esparge no ar seu perfume, para todos os poetas atentos e famintos dela...deixando claro que hoje ela não veio mas qua jamais será esquecida. Posto que amores assim como o que sentimos pela poesia, são daqueles tipos de amores que jamais morrem, até dormem, se passam como desapercebidos uns dias mas de repente retornam com a força da natureza e adoram imitar cachoeiras!
Tudo bem Poesia, não venha hoje, descanse ta?
te espero amanha,
...e depois...e depois...e depois...
Márcia Poesia de Sá - 2014.
o poeta se angustia, vasculha as palavras soltas no ar
e as que guardamos em gavetas, passamos um paninho nas palavras esquecidas....revistamos os arquivos, cavamos tesouros, imploramos ao mar...
Mas não tem jeito não, a poesia não vem, ela é filha única e é mimada, só faz o que quer. Mas estudou em bons colégios, é educada e ao ver a nossa busca assim tão ansiosa nos manda mensagens, telegramas se desculpa sempre.
É, tem dias que a poesia não vem!
Mas sempre esparge no ar seu perfume, para todos os poetas atentos e famintos dela...deixando claro que hoje ela não veio mas qua jamais será esquecida. Posto que amores assim como o que sentimos pela poesia, são daqueles tipos de amores que jamais morrem, até dormem, se passam como desapercebidos uns dias mas de repente retornam com a força da natureza e adoram imitar cachoeiras!
Tudo bem Poesia, não venha hoje, descanse ta?
te espero amanha,
...e depois...e depois...e depois...
Márcia Poesia de Sá - 2014.
Até um dia
Até que um dia
acorde nu, descompassado
até que um dia
venha assim descontrolado
soprando nuvens pelos céus
como um deus grego do mar
um elfo
uma serpente
ou avatar
Até que um dia venha branco
como a alvura das brumas
a suavidade das plumas
o beijo solto
no ar
Até que um dia
percamos a batida
em taquicardias...
Até que as mãos se inflamem
virando cinzas no ato
um átomo
desintegrado
Célula
livre no cais
Até que um dia
se assovie o amor
pelas curvas traiçoeiras
de estradas verdes
camuflando
essa saudades
em orvalhos
e filetes
Até que um dia
quando olhos virarem flechas
e corpos
virarem mar
Quando o dia virar noite
num segundo fugaz
uno e nada
mais
Até que um dia
a brasa vire líquido
o verde escureça
a manhã anoiteça
e o mundo subitamente
estacionar
Até que um dia...
E até este dia!
horas ínfimas
bailar
de rinhas
a pena
tão louca
e plena
pena...
aguardará.
Márcia Poesia de Sá
Até que um dia
acorde nu, descompassado
até que um dia
venha assim descontrolado
soprando nuvens pelos céus
como um deus grego do mar
um elfo
uma serpente
ou avatar
Até que um dia venha branco
como a alvura das brumas
a suavidade das plumas
o beijo solto
no ar
Até que um dia
percamos a batida
em taquicardias...
Até que as mãos se inflamem
virando cinzas no ato
um átomo
desintegrado
Célula
livre no cais
Até que um dia
se assovie o amor
pelas curvas traiçoeiras
de estradas verdes
camuflando
essa saudades
em orvalhos
e filetes
Até que um dia
quando olhos virarem flechas
e corpos
virarem mar
Quando o dia virar noite
num segundo fugaz
uno e nada
mais
Até que um dia
a brasa vire líquido
o verde escureça
a manhã anoiteça
e o mundo subitamente
estacionar
Até que um dia...
E até este dia!
horas ínfimas
bailar
de rinhas
a pena
tão louca
e plena
pena...
aguardará.
Márcia Poesia de Sá
Percebes
que minha pele
é externa?
_ Claro que sim!
(todas as peles são esternas!)
_ Percebes que
minha alma é externa?
_ Bem, isto
eu não estava acostumado não,
mas percebo sim.
_ É, os poetas
tem destas coisas...
almas voadoras
e corações
que tiram férias
em galhos de
jabuticabeiras.
_ Ah é?! e o
que acontece
quando amadurecem?
_ Caem no chão
adentram na terra
e brotam
tudo de novo
e outra vez!
_ Um ciclo?
_ Não, um
símbolo
_ Qual símbolo?
_ O infinito.
_ Percebes que és louca?
_ Não, percebo-me
poeta
_ Até quando?
_ ( apenas penso,
silencio e sorrio)
Márcia Poesia de Sá
que minha pele
é externa?
_ Claro que sim!
(todas as peles são esternas!)
_ Percebes que
minha alma é externa?
_ Bem, isto
eu não estava acostumado não,
mas percebo sim.
_ É, os poetas
tem destas coisas...
almas voadoras
e corações
que tiram férias
em galhos de
jabuticabeiras.
_ Ah é?! e o
que acontece
quando amadurecem?
_ Caem no chão
adentram na terra
e brotam
tudo de novo
e outra vez!
_ Um ciclo?
_ Não, um
símbolo
_ Qual símbolo?
_ O infinito.
_ Percebes que és louca?
_ Não, percebo-me
poeta
_ Até quando?
_ ( apenas penso,
silencio e sorrio)
Márcia Poesia de Sá
sexta-feira, 2 de maio de 2014
In(daga)ção.
O que sabes tu de meus versos?
com qual das tuas oito amputadas mãos ousas tocar meus silêncios?
Ave de rapina cortando a escuridão
Coruja negro manto rasgando a dor
O que sentes tu de meus óbvios versos?
quando intentas compreender o que jamais compreendi.
Ave de rapina cortando a escuridão
Coruja negro manto rasgando a dor
O que sabes, me dizes, de meus tímidos versos?
quando te calas ao meus murmúrios e isola-te em tuas neblinas
quando quebras uma a uma todas as minhas rotinas
elevando-me a quinta potência do sal
O que andas a ler de mim, pobre menina...
Sou toda a inquietação da loucura, num facho incandescente de solidão!
As letras são portanto obtusas, ranhuras apenas de um instante de ilusão.
O que compreendes de meus versos?!
Fala-me, sou toda ouvidos
embora surdos e roucos, dilacerados e carcomidos da terrível explosão!
Enquanto a ave de rapina sai cortando a escuridão
Coruja negro manto rasgando o céu da minha dor!
Márcia Poesia de Sá - 2014
O que sabes tu de meus versos?
com qual das tuas oito amputadas mãos ousas tocar meus silêncios?
Ave de rapina cortando a escuridão
Coruja negro manto rasgando a dor
O que sentes tu de meus óbvios versos?
quando intentas compreender o que jamais compreendi.
Ave de rapina cortando a escuridão
Coruja negro manto rasgando a dor
O que sabes, me dizes, de meus tímidos versos?
quando te calas ao meus murmúrios e isola-te em tuas neblinas
quando quebras uma a uma todas as minhas rotinas
elevando-me a quinta potência do sal
O que andas a ler de mim, pobre menina...
Sou toda a inquietação da loucura, num facho incandescente de solidão!
As letras são portanto obtusas, ranhuras apenas de um instante de ilusão.
O que compreendes de meus versos?!
Fala-me, sou toda ouvidos
embora surdos e roucos, dilacerados e carcomidos da terrível explosão!
Enquanto a ave de rapina sai cortando a escuridão
Coruja negro manto rasgando o céu da minha dor!
Márcia Poesia de Sá - 2014
Labir(into).
Nos tons da verdade da minha poética, vou como ângulo que cai da linha reta
desenhando escadarias que me são tão amigas, vou-me pois assim, aos passos calmos, ora descendo um passo ora subindo um abismo, ora bailando no ar, ora sentindo o sentimento mais bravio, abandonando-me na deriva do vil tempo, e ainda assim marcando um xis em cada manhã. Vivo na caverna deste sonho, e lá fora um mar arrebenta-se nos rochedos, sei da calmaria das manhãs, e das ventanias em noites de lua cheia...Sei do todo e do tudo, sei do quase nada por entrelinhas das inverdades, sei das tristezas dos sonetos inverídicos, e sei da morna sensação que invade ao ler uma prosa vinda d'alma. Ser poeta é um pouco este eterno descascar da alma, é dormir no colo de Zeus e acordar com baforadas de um minotauro, é reconhecer-me labirinto no infinito risco de um traço de neon. Ser poeta é saber-se não estar, mas sim ser e assim sendo, como as estrelas que ainda brilham há milhões de anos após sua morte, apegar-se a esta desintegração da certeza, e ser apenas isto, só poesia, só poesia, só Poesia.
Mesmo sendo a Poesia, toda esta inundada imensidão!
Márcia Poesia de Sá. 2014
Nos tons da verdade da minha poética, vou como ângulo que cai da linha reta
desenhando escadarias que me são tão amigas, vou-me pois assim, aos passos calmos, ora descendo um passo ora subindo um abismo, ora bailando no ar, ora sentindo o sentimento mais bravio, abandonando-me na deriva do vil tempo, e ainda assim marcando um xis em cada manhã. Vivo na caverna deste sonho, e lá fora um mar arrebenta-se nos rochedos, sei da calmaria das manhãs, e das ventanias em noites de lua cheia...Sei do todo e do tudo, sei do quase nada por entrelinhas das inverdades, sei das tristezas dos sonetos inverídicos, e sei da morna sensação que invade ao ler uma prosa vinda d'alma. Ser poeta é um pouco este eterno descascar da alma, é dormir no colo de Zeus e acordar com baforadas de um minotauro, é reconhecer-me labirinto no infinito risco de um traço de neon. Ser poeta é saber-se não estar, mas sim ser e assim sendo, como as estrelas que ainda brilham há milhões de anos após sua morte, apegar-se a esta desintegração da certeza, e ser apenas isto, só poesia, só poesia, só Poesia.
Mesmo sendo a Poesia, toda esta inundada imensidão!
Márcia Poesia de Sá. 2014
Passos
E o futuro vem á galope, chamuscando distâncias e na lateralidade da estrada, barrufa o vento com pó de poeira. Vai assim riscando as ribanceiras com linhas certeiras, donde antes só ervas daninhas se danavam. Corre pelo espaço do tempo do infinito, sem parar nas curvas dos descaminhos. E o futuro engole o vento, como um corredor faminto, a saltar os obstáculos do destino, e aumenta o passo do sorriso, rabiscando estrelas novas. Vem futuro estamos á postos nas linhas, já observamos na distância, morno maremoto que caminha, doce como é doce o beija flor...
E o futuro esboça então, o seu sorriso, na calma amplidão do espaço lírico, traçando passo á passo sua chegada, cortando todo o vento em disparada, nos olhos o horizonte e mais nada, o tempo louco tempo dos relógios, já perdem o sentido, andam para trás, enquanto nós, cortamos a fita da chegada. E na mais feliz das gargalhadas, saudamos o futuro que chegou.
Márcia Poesia de Sá.
"tempo, louco tempo dos relógios," - MSÁ
E o futuro vem á galope, chamuscando distâncias e na lateralidade da estrada, barrufa o vento com pó de poeira. Vai assim riscando as ribanceiras com linhas certeiras, donde antes só ervas daninhas se danavam. Corre pelo espaço do tempo do infinito, sem parar nas curvas dos descaminhos. E o futuro engole o vento, como um corredor faminto, a saltar os obstáculos do destino, e aumenta o passo do sorriso, rabiscando estrelas novas. Vem futuro estamos á postos nas linhas, já observamos na distância, morno maremoto que caminha, doce como é doce o beija flor...
E o futuro esboça então, o seu sorriso, na calma amplidão do espaço lírico, traçando passo á passo sua chegada, cortando todo o vento em disparada, nos olhos o horizonte e mais nada, o tempo louco tempo dos relógios, já perdem o sentido, andam para trás, enquanto nós, cortamos a fita da chegada. E na mais feliz das gargalhadas, saudamos o futuro que chegou.
Márcia Poesia de Sá.
"tempo, louco tempo dos relógios," - MSÁ
PACIÊNCIA
Saúdo as mãos que sós, seguraram as próprias mãos
os olhos que se afogaram em horizontes
as pernas que se perderam...
e estacionaram
Saúdo os peitos que abraçaram ventanias
os ouvidos que habituaram-se ao silêncio
as bocas que sem beijo, fecharam-se
os corações que sofreram
os pés que souberam caminhar
e as almas que souberam esperar!
MSÁ - _/\_
Saúdo as mãos que sós, seguraram as próprias mãos
os olhos que se afogaram em horizontes
as pernas que se perderam...
e estacionaram
Saúdo os peitos que abraçaram ventanias
os ouvidos que habituaram-se ao silêncio
as bocas que sem beijo, fecharam-se
os corações que sofreram
os pés que souberam caminhar
e as almas que souberam esperar!
MSÁ - _/\_
Linguagem do amor
Não importa a língua que o amor fale
Importa sim, e antes, os veleiros que ancoram nos olhares
As gaivotas que correm mares a cada sorriso trocado
Os sons de estrelas quando os lábios se aproximam
As cacheiras, os mares e as marés
Importa mais, o frio das geleiras
nas mãos que em se buscar, e unidas, aquecem
As almas encharcadas de paz
que se reconhecem.
Não importa a língua que o amor fale
Pois em muitas ocasiões é no silêncio do olhar
que o amor se explica melhor!
E finalmente assim, se faz entender.
Márcia Poesia de Sá.
Não importa a língua que o amor fale
Importa sim, e antes, os veleiros que ancoram nos olhares
As gaivotas que correm mares a cada sorriso trocado
Os sons de estrelas quando os lábios se aproximam
As cacheiras, os mares e as marés
Importa mais, o frio das geleiras
nas mãos que em se buscar, e unidas, aquecem
As almas encharcadas de paz
que se reconhecem.
Não importa a língua que o amor fale
Pois em muitas ocasiões é no silêncio do olhar
que o amor se explica melhor!
E finalmente assim, se faz entender.
Márcia Poesia de Sá.
Aplauso de anjo ( outras eras )
E são assim as ruelas que nos levam ao marco zero de Recife.
Estreitas, repletas de casarios esguios, com olhares horizontais no tempo
Ruas cravejadas de pedras, cinzas como os invernos
E sérias como a história...
Ruas que namoram as pontes
e que inevitavelmente conversam sobre os tempos
quando as noites abraçam o rio e as vermelhas luzes
queimam suas bordas, num dourado que se move.
Uma cor ou outra, ainda desbotada, se exibe e sorri um sorriso tímido
E são assim as ruelas que nos levam aos marcos zero de nós
Apertadas pelos anos, curvilíneas como o destino
e grávidas de contos e contos d'outras histórias
Passeiam por nós, em suas carruagens de vento.
E são assim as estradas por onde passam os anos
rodovias de experiências tantas, onde crescemos em quilômetros
mas onde também, nos distanciamos tanto de nós...
Vamos assim, pela vida caminhando como se fora possível
traçar uma reta infinda, quando a terra e a lua e o sol
todos os dias nos mostram a forma cíclica da vida.
E são assim as ruelas que nos levam ao marco zero do Recife.
enclausuradas entre prédios, calmas como a brisa que faz arabescos
decididas como a vida e seus infindos atropelos e acertos
seguem, e seguem sempre como um mar
E ao chegar, no marco zero da vida...
uma amplidão é reconstruída, numa praça onde uma bússola aponta!
lá, o vento é amigo do rei, a brisa dança balé, o rio gargalha preguiçoso
e neste lugar onde a vida se faz um marco!
Quem sabe nós também não possamos descansar de tanto asfalto!
recolorir o gris na retina empoeirada, umedecer o riso...
para sentarmos no chão, ouvir os dias e contar histórias
onde a beleza e a fé sejam as madrinhas do conto maior.
E das ruelas que antecedem o marco zero
ouvirão-se aplausos e risos dos anjos d'outras eras.
Enquanto no horizonte, lentamente raia um novo sol.
Márcia Poesia de Sá .
E são assim as ruelas que nos levam ao marco zero de Recife.
Estreitas, repletas de casarios esguios, com olhares horizontais no tempo
Ruas cravejadas de pedras, cinzas como os invernos
E sérias como a história...
Ruas que namoram as pontes
e que inevitavelmente conversam sobre os tempos
quando as noites abraçam o rio e as vermelhas luzes
queimam suas bordas, num dourado que se move.
Uma cor ou outra, ainda desbotada, se exibe e sorri um sorriso tímido
E são assim as ruelas que nos levam aos marcos zero de nós
Apertadas pelos anos, curvilíneas como o destino
e grávidas de contos e contos d'outras histórias
Passeiam por nós, em suas carruagens de vento.
E são assim as estradas por onde passam os anos
rodovias de experiências tantas, onde crescemos em quilômetros
mas onde também, nos distanciamos tanto de nós...
Vamos assim, pela vida caminhando como se fora possível
traçar uma reta infinda, quando a terra e a lua e o sol
todos os dias nos mostram a forma cíclica da vida.
E são assim as ruelas que nos levam ao marco zero do Recife.
enclausuradas entre prédios, calmas como a brisa que faz arabescos
decididas como a vida e seus infindos atropelos e acertos
seguem, e seguem sempre como um mar
E ao chegar, no marco zero da vida...
uma amplidão é reconstruída, numa praça onde uma bússola aponta!
lá, o vento é amigo do rei, a brisa dança balé, o rio gargalha preguiçoso
e neste lugar onde a vida se faz um marco!
Quem sabe nós também não possamos descansar de tanto asfalto!
recolorir o gris na retina empoeirada, umedecer o riso...
para sentarmos no chão, ouvir os dias e contar histórias
onde a beleza e a fé sejam as madrinhas do conto maior.
E das ruelas que antecedem o marco zero
ouvirão-se aplausos e risos dos anjos d'outras eras.
Enquanto no horizonte, lentamente raia um novo sol.
Márcia Poesia de Sá .
E estas horas rubras, que se arrastam, caminhantes calmas e amantes da lua
Numa hora se despedem, noutra hora se reveem dia. Dia e noite e noite e dia, neste girar estonteante. E essas horas rubras rasgadas pelos cílios dos relógios, que dormem em nuvem azul, e na mescla nua um lilás sorri de novo! sorri assim
um sorriso calmo de quem acaba de acordar na paleta aquarelada de um sonho colorido.
Márcia Poesia de Sá.
Numa hora se despedem, noutra hora se reveem dia. Dia e noite e noite e dia, neste girar estonteante. E essas horas rubras rasgadas pelos cílios dos relógios, que dormem em nuvem azul, e na mescla nua um lilás sorri de novo! sorri assim
um sorriso calmo de quem acaba de acordar na paleta aquarelada de um sonho colorido.
Márcia Poesia de Sá.
Gesta
E esta vida
que chama
inflama
proclama
almeja
E esta vida
que pede
que implora
que manda
e rasteja
E esta vida que
sangra
se abre
se fecha
goteja
E esta vida
que nasce
que morre
renasce
transmuta
E essa vida
que insiste
persiste!
resiste
inunda!
Navega o mar
desta vida
com calma
com alma
com tato
e
fecunda!
Márcia Poesia de Sá.
E esta vida
que chama
inflama
proclama
almeja
E esta vida
que pede
que implora
que manda
e rasteja
E esta vida que
sangra
se abre
se fecha
goteja
E esta vida
que nasce
que morre
renasce
transmuta
E essa vida
que insiste
persiste!
resiste
inunda!
Navega o mar
desta vida
com calma
com alma
com tato
e
fecunda!
Márcia Poesia de Sá.
_ Percebes
que minha pele
é externa?
_ Claro que sim!
(todas as peles são esternas!)
_ Percebes que
minha alma é externa?
_ Bem, isto
eu não estava acostumado não,
mas percebo sim.
_ É, os poetas
tem destas coisas...
almas voadoras
e corações
que tiram férias
em galhos de
jabuticabeiras.
_ Ah é?! e o
que acontece
quando amadurecem?
_ Caem no chão
adentram na terra
e brotam
tudo de novo
e outra vez!
_ Um ciclo?
_ Não, um
símbolo
_ Qual símbolo?
_ O infinito.
_ Percebes que és louca?
_ Não, percebo-me
poeta
_ Até quando?
_ ( apenas penso,
silencio e sorrio)
Márcia Poesia de Sá
que minha pele
é externa?
_ Claro que sim!
(todas as peles são esternas!)
_ Percebes que
minha alma é externa?
_ Bem, isto
eu não estava acostumado não,
mas percebo sim.
_ É, os poetas
tem destas coisas...
almas voadoras
e corações
que tiram férias
em galhos de
jabuticabeiras.
_ Ah é?! e o
que acontece
quando amadurecem?
_ Caem no chão
adentram na terra
e brotam
tudo de novo
e outra vez!
_ Um ciclo?
_ Não, um
símbolo
_ Qual símbolo?
_ O infinito.
_ Percebes que és louca?
_ Não, percebo-me
poeta
_ Até quando?
_ ( apenas penso,
silencio e sorrio)
Márcia Poesia de Sá
Que o universo sempre conspire para que "todos" sejam felizes!
namastê
Seja o semeador de sua felicidade...e sempre lembre-se que sua felicidade só existirá por completo quando todos estiverem felizes...vivemos numa ínfima bolinha plantada num universo imenso, e cada pequena filigrana de tristeza nos afetará...o ser humano é nada...na verdade, somos todos apenas poeira das estrelas...
Enquanto pessoas julgam pessoas
penso em que lugar plantar mais um ipê roxo...
penso que eu talvez não o veja crescer
mas sei que há qualquer momento
o verei frondoso e lindo
colorindo o dia
dos passantes
da vida.
Márcia Poesia de Sá
namastê
Seja o semeador de sua felicidade...e sempre lembre-se que sua felicidade só existirá por completo quando todos estiverem felizes...vivemos numa ínfima bolinha plantada num universo imenso, e cada pequena filigrana de tristeza nos afetará...o ser humano é nada...na verdade, somos todos apenas poeira das estrelas...
Enquanto pessoas julgam pessoas
penso em que lugar plantar mais um ipê roxo...
penso que eu talvez não o veja crescer
mas sei que há qualquer momento
o verei frondoso e lindo
colorindo o dia
dos passantes
da vida.
Márcia Poesia de Sá
Há tantas coisas nesta nossa passagem pela vida que são absolutamente inexplicáveis...tantos sois raiam e se põe sem que vejamos dentro de nós mesmos. Há invernos infindáveis e verões extasiantes, contudo há primaveras festivas! e cheiinha de cores....mas eu, particularmente gosto muito dos meus outonos. Das fases onde caio, onde amarelo verdes, onde transmuto de verdade! eu amo meu outono, porque é depois dele que de verdade floresço por dentro. E no momento, posso até mesmo sentir o perfume das flores que ainda nem nasceram...
Márcia Poesia de Sá - 30.04.2014
Márcia Poesia de Sá - 30.04.2014
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